Projetos e Investimentos na Comercialização da Cachaça de Alambique

José Carlos Ribeiro

José Carlos Ribeiro é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Economia Rural. Foi responsável pelo Programa de Valorização da Cachaça em Minas Gerais e a partir do ano 1982, deu início aos trabalhos para criação da AMPAQ. Merece destaque na sua iniciativa em 1990 na implantação do Programa de Garantia de Qualidade da Cachaça Mineira-Selo de Garantia AMPAQ e em 1995 na implantação dos Cursos de Produção de Cachaça de Qualidade. Deu início em Minas Gerais a uma nova era na implantação de novas fabricas de cachaça, onde o empirismo foi substituído pela elaboração de projetos técnicos com elevado nível de embasamento tecnológico.

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Projetos e Investimentos na Comercialização da Cachaça de Alambique

O mercado formal da cachaça é estimado em 700 milhões de litros anuais, segundo especialistas. Apresenta uma venda da cachaça de alambique pouco expressiva, da ordem de 70 milhões de litros, ou seja, 10% do comércio legal.

O setor da cachaça industrial, de menor valor agregado, encontra-se numa concorrência predatória, em que as marcas concorrentes têm como uma das estratégias abaixarem os preços, numa disputa pela demanda das classes de menor poder aquisitivo. Nesta Contenda, muitas das marcas existentes na década de 1990 já saíram do mercado.

O maior gargalo para o desenvolvimento da cachaça de alambique é a sua venda, exigindo um minucioso trabalho de promoção de seus produtos.

Com um preço que supera o das industriais em cerca de 100%, a cachaça de alambique passa a exigir uma estratégia inovadora e diversificada de vendas, diferente da dominante.  

Suas iniciativas, ainda que pouco percebidas, acham-se em curso, podendo em médio prazo trazer uma significante contribuição para o turismo brasileiro.  

No meu entendimento, em nível nacional, será o turismo mais atrativo e diversificado, comparativamente ao de outras bebidas alcoólicas.

Na procura de soluções para vencer as barreiras do mercado da cachaça de alambique, são abertas, lojas urbanas, bares, botecos, distribuidoras tradicionais e de venda por internet, lojas ao longo das estradas, se agrega a cachaça ao turismo de hotéis e pousadas, realizam exposições, feiras, festivais, concursos, encontros técnicos com produtores, pesquisas científicas, cursos, criam associações, confrarias, agremiações, roteiros turísticos para visita a alambiques, neles incorporando os atrativos regionais da natureza, da culinária típica, do artesanato, da música, cultura etc.

Quanto ao investimento, precisamos compatibilizar a produção com a comercialização, produzindo de acordo com o potencial de vendas.

Em pequenos projetos recomendamos que toda a área necessária seja plantada de modo a atender a total demanda de matéria-prima de sua capacidade instalada.

Desse modo, a produção e o tempo médio necessário de cinco anos para introdução de uma nova marca no mercado da cachaça de alambique seriam conciliados.

Estimamos, segundo a experiência de conceituados fabricantes, que se investe na comercialização o mesmo que se gastou na implantação da fábrica.

Exemplificando, se o gasto na implantação foi de 300 mil reais, se gastaria 300 mil reais na comercialização.   Seriam despendidos 60 mil reais por ano, até o quinto ano, tempo e recurso necessários para viabilizar o projeto, tecnicamente orientado.

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