A produção de cachaça gera 120 mil empregos diretos em todo Estado e é feita no período de entressafra agrícola, quando as atividades no campo são mais restritas. Apesar de a produção está concentrada no interior, principalmente nas regiões da Mata, Rio Doce e Nordeste do Estado, o número de alambiques na região metropolitana de Belo Horizonte tem crescido nos últimos anos. ” Isso acontece devido à proximidade com maior mercado consumidor, que é a capital”, firma José Carlos Ribeiro.
Com a qualidade da cachaça artesanal é um dos aspectos mais valorizados na comercialização, o diretor técnico da AMPAQ destaca algumas exigências que devem ser observadas pelos produtores que queriam entrar nesse mercado ou melhorar sua produção
Em primeiro lugar, cana não deve ser queimada quando for feita a colheita. ” Além de não ser ecologicamente recomendável, isso leva cinzas aos processos de fermentação”. Para manter as características artesanais da cachaça mineira, sem causar alterações em seu sabor, o diretor-técnico recomenda que não sejam utilizados ingredientes químicos para acelerar a fermentação, além de corantes e adoçantes. ” Um trabalho lento e natural vai garantir as características artesanais da cachaça”.
Artesanal
Ribeiro lançou em 1997 o livro’ ‘Fabricação artesanal da cachaça mineira” , que traz informações detalhadas sobre o processo de produção e comercialização da aguardente, além de esclarecer as dúvidas mais comuns dos fabricantes. Em setembro (dias 18 e 19), a AMPAQ promove curso ” Fabricação da Cachaça de Qualidade”, ministrado pela especialista.