Nada menos que 1,5 milhão de litros de cachaça são consumidos anualmente no Brasil. Considerada a bebida mais genuinamente nacional, a aguardente pode ter sido criada há 300 anos em São Paulo.
Diz a tradição que um escravo bebeu a espuma do caldo fermentado para fabricar açúcar e, pela primeira vez degustou um gole da também chamada a água que passarinho não bebe.

Para reconhecer uma boa cachaça as atenções devem estar voltadas para detalhes infalíveis. Um deles é uma prova cruel, mas vale a pena: quanto menor for o grau da ressaca melhor foi a cachaça tomado no dia anterior. As outras características são analisadas na hora do consumo, quando a bebida deve ” descer macia redonda. ”

A AMPAQ oferece aos seus associados um selo de garantia de qualidade do produto que é registrado no Instituto Nacional de propriedade Industrial (INPI). Uma comissão formada por dez pessoas, entre técnicos do setor e produtores, é a responsável pelo julgamento da cachaça em questão que, se aprovada, recebe o selo e o reconhecimento mundial da qualidade da pinga mineira (JFT)

Números

A velha e companheira cachacinha vai bem, obrigada.
Segundo dados do INDI, o setor gera em Minas 100 mil empregos diretos e 300 mil indiretos. E o engenheiro agrônomo José Carlos Gomes alerta que só 10% dos 8 mil produtores tem registro no Ministério da Agricultura. O restante, trabalha na clandestinidade.

A propósito: a partir de hoje, o Parque das Mangabeiras abre suas portas para o Festival da Cachaça

Jornal 06/1996