Os interessados em investir na produção da cachaça vão encontrar um mercado em expansão em Minas Gerais. Hoje, os 120 milhões de litros de aguardente produzidos por ano no Estado são insuficientes para atender a demanda da bebida pelos Mineiros, que consomem 180 milhões de litros de cachaça.
” Para que a produção seja suficiente para o consumo interno seriam necessários pelo menos mais 1500 novos produtores no Estado ”, afirma José Carlos Ribeiro. Ele é engenheiro agrônomo do Instituto de desenvolvimento industrial de Minas Gerais (INDI) e Diretor Técnico da Associação Mineira dos Produtores de Aguardente de Qualidade (AMPAQ)
No ano passado, o setor faturou R$ 250 milhões, com seus 8 mil alambiques comerciais espalhados pelas fazendas mineiras. Há 15 anos, total do estabelecimentos era bem menor: 1,2 mil. Uma diferença de cerca de 570%, o que prova o potencial de crescimento da atividade
Outro dado que confirma a tendência de expansão da indústria da Cachaça no Estado é a previsão da empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (EMATER). A Entidade acredita no aumento de 52,3 mil ha na área plantada com cana-de-açúcar em Minas neste ano. Em 1997, o plantio foi feito em 195 mil hectares. Para 1998, está sendo aguardada uma produção total de 12,726 toneladas de cana.
Apesar das análises ativistas, o diretor do Instituto Mineiro de agropecuária, Eduardo Campelo, observa que a cachaça mineira precisa se tornar mais competitiva para alcançar bons resultados com a exportação