De hoje até domingo deverão ser negociados e 20 mil litros do Mangabeiras
Negócios etílicos movimentarão cerca de R$ 100 mil em Belo Horizonte entre hoje e domingo, durante o Festival da Cachaça que começa à noite no Parque das Mangabeiras. A expectativa é de que sejam comercializadas 20 mil litros de aguardente durante o evento, equivalente ao dobro das vendas realizadas no ano passado. O consumo da bebida deverá atingir 10 mil litros.
Segundo dados do IBGE, os mineiros consomem anualmente 180 milhões de litros de cachaça enquanto os alambiques de Minas produzem 120 milhões de litros. O Estado importa de São Paulo o suficiente para atender a demanda de consumo. Estima-se que apenas 10% dos 8 mil produtores estaduais tem registro no Ministério da Agricultura e pagam impostos. Ainda de acordo com o IBGE.
O diretor técnico da AMPAQ e Engenheiro agronômico do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais, (INDI). José Carlos Ribeiro, afirma que o setor da aguardente movimentou 300 milhões no ano passado em Minas, ”e está em franca expansão, tanto em relação à produção, quanto ao consumo.
Promovido pela Associação Mineira de Produtores de Aguardente de Qualidade AMPAQ, o Festival da Cachaça inaugura Nova fase passa a ser itinerante, com o objetivo de incentivar a produção regional. Os eventos no interior serão preparado e definirão os maiores destaques em cada local, que estarão então aptos a participar do chamado ” Grande festival” em Belo Horizonte.
O presidente da AMPAQ, Alexandre Teixeira de Figueiredo considera o evento uma boa oportunidade para os donos de bares, restaurantes e supermercados comprarem o produto a preços mais baixos, ”já que fica eliminada a figura do atravessador.”
Lançamentos – Além de ser uma oportunidade única para os amantes da boa cachaça, o festival que acontece no Parque das Mangabeiras será marcada também pelo lançamento de várias novidades. A principal delas é a aguardada Garrafa da Cachaça de Minas. Importadas da fábrica Cristaleira Uruguaia, com sede em Montevideu, e ” encomendadas de acordo com um design que visa a valorização da aguardente para exportação,” as garrafas garantem, segundo a AMPAQ, melhor apresentação e vedação do PRODUTO.
Os fabricantes nacionais desse tipo de garrafa, procurados pela AMPAQ, exigiram um pedido mínimo de um milhão de unidades para fabricação da embalagem, o que inviabilizou o pedido. Alexandre Figueiredo afirma que a fábrica uruguaia exigiu encomenda mínima de 400 mil unidades, a um custo por unidade 20% menor do que o cobrado no Brasil.
Outras novidades são o licor de cachaça, da empresa Tabaroa em Coqueiral: O bombom de cachaça, da Uniagro, além de ” inovações na embalagem de oito produtos consagrados”, como as marcas Baronesa, Bocaina, Brumado Velho e Caprichosa.
Jacqueline Farld
Tavares / Repórter