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Minas Gerais Investe no Mercado de Cachaça

O programa para tirar a cachaça da informalidade e garantir ao produto um lugar entre bebidas mais nobres transformou o setor de aguardente em um dos mais dinâmicos da agroindústria mineira. A estimativa é de que no estado sejam implementados por ano cerca de 400 projetos por capacidade para produção de 200 litros a 300 litros de cachaça por dia.

” Mas ainda estamos muito distantes da Auto suficiência. Produzimos 100 Milhões de litros de aguardente por ano e importamos outros 60 milhões de litros de outros estados”, diz o engenheiro agrônomo do setor de agroindústria do Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas Gerais, José Carlos Gomes Machado Ribeiro.

Até 1982, quando o INDI realizou o estudo setorial sobre a aguardente, o estado produzia apenas 45 milhões de litros de cachaça por ano, o que na época equivale a 50% de seu consumo. Um programa de estímulo a produção de aguardente artesanal – alambiques para ter mil litros por dia foi regulamentada em abril deste ano e agora passa a ser lei.

Promoção e assistência

Essa lei, batizada de Pró Cachaça, envolve desde os órgãos de pesquisa e assistência técnica como A Emater e a EPAMIG até o sistema financeiro do Estado. Graças ao programa iniciado pelo INDI há pouco mais de dez anos, desde 1985 projetos de aguardente contam com financiamento do banco do desenvolvimento de Minas Gerais.
”O Pró Cachaça é condenado pela secretaria da Agricultura mas envolve também outras secretarias. As pequenas operações de financiamento devem ser passadas para o Bemge”, informa Machado Ribeiro.

Ele destaca que o trabalho de promoção e assistência desenvolvido pelo INDI ao longo dos últimos 10 anos consegue levar de 1,5 mil para 4 mil o número de produtores de aguardente em Minas Gerais e hoje cerca de 80% da cachaça mineira é artesanal. ” conseguimos trazer uma boa parte da produção para o mercado formal. Hoje temos cerca de 150 marcas de cachaças mineiras no mercado, enquanto em 1982 eram apenas 15”, Observe o engenheiro agrônomo.

Selo de qualidade

Nesse período foi criado também a Associação Mineira dos Produtores de Aguardente de Qualidade (AMPAQ) e a Comissão de Aguardente de Cana da Assistência e Ação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com sede em Belo Horizonte. ” já temos seis marcas com selo de qualidade fornecido pela AMPAQ. O fato de a produção está muito aquém do consumo se constitui num grande estimulo ao crescimento do setor, que se integra muito bem com a pecuária de corte e leite. A opção mineira pela produção de aguardente de qualidade, realizada de forma artesanal em pequenos ambientes, vem consolidando a posição do estado com a produtor dos melhores marcas do país, definir Machado Ribeiro

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