O programa Brasileiro de Desenvolvimento de Aguardente de Cana, Caninha ou Cachaça (PBDAC) pode tirar 90% dos oito mil produtores mineiros da clandestinidade. A avaliação é do presidente do Conselho Diretor da Associação Mineira de Aguardente de Qualidade (AMPAQ), Alexandre Figueiredo, produtor da cachaça cachaça artesanal Tabaroa.
O programa foi lançado ontem pelo Ministério da Indústria e Comércio em Brasília, e contou com a presença de cerca de 250 produtores Mineiros. O estado é o maior produtor Nacional de cachaça artesanal, com 150 milhões de litros/ano. Presentes também fabricante de São Paulo Vila Rio Vila Goiás, Ceará e Brasília.
A legalização dos produtores mineiros poderia ser feita, segundo Figueiredo, através de cooperativas, para não aumentar cursos e manter o preço dos mesmos patamares. O programa deverá melhorar a qualidade da cachaça produzida artesanalmente, ampliar a divulgação do produto no exterior e melhorar a imagem da bebida.
O PBDAC, conforme afirma o Figueiredo, foi inspirada no Pró Cachaça,criado pelo governo de Minas em 1992 e foi responsável pelo crescimento de 15% na produção e 20% do número de produtores, segundo números fornecidos pelo Instituto de Desenvolvimento Industrial de Minas.
A ideia do ministro Francisco Dornelles é dobrar a produção, hoje em torno de 8 bilhões de litros/ano, segundo José Carlos Gomes, diretor técnico do departamento de Agroindústria do INDI – MG e da AMPAQ. Os números de exportação (4 milhões de litros/ano – 0,2% da produção), segundo Dornelles, deverão dobrar com a cachaça entre 25 novos produtos exportáveis.
Jornal Hoje em dia
Belo-horizonte 28 de novembro de 1997
Marília Bigio.